O dilema do Tostines aplicado ao Lean
O dilema do Tostines é: “Vende mais porque está fresquinho ou está fresquinho porque vende mais?” Mas como esse dilema pode ser aplicado ao Lean?
Na sessão de perguntas e respostas do XIV Fórum Nacional de Lean, um dos participantes nos perguntou “Quanto de meu tempo devo dedicar ao Lean?“.
Primeiramente, vale lembrar que a dúvida comprova algo que notamos em nossas implantações: muitos encaram o lean como “mais uma coisa para fazer”.
Normalmente, aqueles que enxergam o Lean como um “peso” utilizam boa parte de seu tempo “apagando incêndios”, resolvendo efeitos do problema e não suas causas. E assim, gradativamente, a organização começa a padecer do que chamamos de “O Dilema do Tostines aplicado ao Lean“:
“Não temos tempo para melhorar os processos porque temos muitos problemas ou temos muitos problemas porque não temos tempo para melhorar os processos?“
Analisado rapidamente esta frase, podemos responder à pergunta do participante. Quanto de meu tempo devo dedicar ao Lean? Reposta: 100% do tempo!
Se na empresa Lean “Todos devem resolver problemas e promover a melhoria contínua” (veja nosso artigo Lições Aprendidas – Oscar 2017 os incêndios deveriam ser encarados como desvios de um Padrão.
Enfim, como ao se “debelar um incêndio” devemos Padronizar as contramedidas tomadas, criaremos um círculo virtuoso que culminará na melhoria contínua dos processos:
À medida que resolvemos problemas, teremos menos problemas para resolver, podendo assim melhorar os Padrões existentes, gerando um ambiente com menos problemas para resolver, podendo melhorar Padrões,…,…,…
Nossa experiência diz que os resultados da reversão do “dilema do Tostines aplicado ao Lean” começam a ser notados após o quarto ou quinto mês de uma implantação bem conduzida. Até lá, a organização deve dar o “benefício da dúvida” ao processo de implantação.
E você? Quanto tempo dedica ao Lean?
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