PIB em queda

Nunca desperdice uma boa Crise para implantar o Lean

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Por que a Economia Brasileira não Cresce?

Três pontos contribuem decisivamente para retardar o crescimento da economia brasileira:

  • Uma das maiores Taxas de Juros do mundo! (13,25% ao ano).
  • O 2º lugar no ranking de países que mais cobram impostos de empresas, no mundo.
  • A Baixa Produtividade: O PIB per capita brasileiro (produto interno bruto , dividido pela quantidade de habitantes de um país) é o 106º do mundo, atrás de países como Uruguai (83º) e Azerbaijão (99º), por exemplo.

Para se ter uma ideia do impacto da diminuição da produtividade nos custos de produtos e serviços, analisando a variação do Salário mínimo, do PIB Per Capita e da Inflação (IPCA), tomando como base o ano de 2010, notamos que o custo da mão de obra aumentou 116%, ao passo que a produtividade diminuiu 33%, para uma inflação de 88%! O Brasil produziu muito menos, com custos maiores!

Mas Qual a Saída?

Diferentemente das ações necessárias à diminuição da taxa de juros e carga tributária que, no curto prazo, não estão diretamente sob o domínio do Empresário, atuar na melhoraria dos processos de suas Organizações, de forma a fazer mais com menos, depende exclusivamente de seus esforços!

Porém, seria este o momento de iniciar um projeto de Melhoria de Processos? Afinal, há uma Crise!

Duas Notícias Sobre as Crises…

Nas últimas quatro décadas, vivenciamos várias “crises econômicas”: em 1990, o Plano Collor, em 1994, a crise econômica do México, em 1998, a moratória da Rússia, em 1999, a desvalorização do Real frente ao dólar, a crise financeira americana, desencadeada em 2008 pela “quebra” do Lehman Brothers e mais recentemente a Pandemia e o conflito na Ucrânia, cujos efeitos podem ser sentidos até os dias de hoje. Porém, ao analisar estes eventos, identificamos duas características muito importantes sobre as Crises! A notícia boa: Elas passam. A notícia ruim: Elas voltam.

Duas Abordagens para as Crises…

Considerando essas “notícias”, observamos que, na maioria das vezes, as Organizações optam por dois tipos de abordagem:

Abordagem 1 – Tradicional

Nos períodos de Crise as empresas tomam ações como dispensa de pessoal, cortes de investimentos e, principalmente, interrupção de projetos de melhoria de processos, visto que a diminuição da demanda, além de comprometer o fluxo de caixa, gera excesso de capacidade. Isto posto, seria de se esperar que no período de Expansão da demanda, as organizações buscassem a maximização da utilização de seus recursos: os tão sonhados “ganhos de produtividade”. Contudo, nossa experiência mostra, que nas empresas onde esta abordagem é adotada, ocorre justamente o contrário! Quando a demanda está em Expansão, não há tempo para dedicar-se à melhoria de processos. Gestores e profissionais da linha de frente estão muito ocupados “apagando incêndios”, colocando band-aids em sistemas sabidamente deficientes e/ou repondo, de forma açodada, a mão de obra dispensada no período de Crise. Para agravar este cenário, não raramente, os escassos recursos disponíveis são utilizados de forma equivocada: “O importante é entregar os pedidos dos clientes!”. Como resultado, os lucros advindos do acréscimo de demanda são minimizados. Em muitos casos, os bons resultados financeiros obtidos nos períodos de Expansão da demanda servem unicamente para repor as perdas financeiras dos períodos de Crise.

Abordagem 2 – Adoção do Lean Thinking

As Organizações entendem que a Crise é uma oportunidade única para a aplicação do Lean, para alcançar a melhoria de seus processos. Percebem que as mudanças na Cultura Organizacional – indispensáveis para a implantação do Lean Thinking – são mais facilmente aceitas, já que o modelo em vigor se mostrou incapaz de evitar a iminente “catástrofe”. Quando a demanda baixa, há mais tempo ocioso para o treinamento da mão de obra. Por fim, os baixos custos da implementação e os precoces ganhos de produtividade obtidos pela aplicação do Lean Thinking, além de serem adequados à escassez de recursos financeiros dos tempos de Crise, proporcionam uma excelente relação custo benefício para o projeto que – em implantações bem conduzidas – apresenta fluxo de caixa positivo, a partir do quarto ou quinto mês. Com o “final” da Crise e o início de um novo ciclo de Expansão, os ganhos de produtividade permitirão que o acréscimo de demanda seja absorvido de forma natural, proporcionando considerável aumento nas margens de lucro.

Concluindo

Há apenas duas atitudes para as quais sempre se está atrasado:

  • Poupar para a velhice,
  • Iniciar a implantação do Lean Thinking em sua Organização!

 

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